segunda-feira, 3 de setembro de 2018

CAPÍTULO 03 - LOST STARS

Estava tudo escuro, o que queria dizer que não havia ninguém em casa, exatamente como Marina esperava. Mesmo assim, pegou Débora pela mão e a levou para o seu quarto. Acendeu a luz e trancou a porta, antes de virar-se para ela. Surpreendeu-se quando ela afastou as alças do vestido que estava usando e o deixou cair, com uma sensualidade irresistível. Ficou alguns segundos admirando seu corpo, saiu quase sem querer:
– Você é muito linda.
Como resposta, Débora apenas sorriu:
– Sua vez. – Marina riu. Em parte, pela expectativa e espanto, em parte de puro prazer. Desabotoou a blusa que estava usando com uma lentidão proposital. Botão por botão, como se a pressa que sentisse não fosse imperativa. Perdeu-se no olhar de cobiça que Débora lhe lançou ao exigir: – Tira tudo.
Obedeceu sem pensar em questionar, muito menos resistir. Avançou para Débora assim que terminou de se despir. Segurando-a pela cintura, colou a boca na dela e a levou direto para a cama, com uma urgência e uma voracidade inequívocas. Débora se deixou conduzir a princípio. Mas, quando se viu deitada de costas no colchão, com Marina encaixada em cima de si, e percebeu que, se permitisse, seria rápido demais e completamente diverso do que pretendia, resolveu fazer o que e como queria. Girou o corpo, trocando de posição com Marina, que não foi capaz de esconder a surpresa. Esperava por tudo, menos aquilo. Estava acostumada e preferia conduzir, mas naquele momento, a vontade e o ímpeto de Débora pareceram muito mais vigorosos, por isso se permitiu ser guiada, com certa restrição a princípio e, aos poucos, conforme as mãos, a boca e a língua de Débora desceram por seu corpo, queimando, despertando e incitando cada pedacinho de pele no caminho, abandonou-se numa entrega inédita, que lhe era quase desconhecida. Gemeu alto, arqueou o corpo, se contorceu de forma inteiramente descontrolada, puxando-a pelos cabelos e gritando seu nome enquanto chegava ao êxtase, com uma rapidez e intensidade que há muito não acontecia.
Permaneceu algum tempo se recuperando, com as mãos na cabeça, o único movimento que a respiração completamente acelerada imprimia. Quando finalmente voltou a abrir os olhos, deparou-se com os de Débora fixos nela. Sentou-se também, ficou de frente para ela, sem saber o que fazer, muito menos o que dizer, fazia muito tempo que não se via assim, despida de todo e qualquer artifício. Apenas sorriu. Segurou seu rosto entre as mãos, com cuidado e carinho. Toda a pressa anterior havia desaparecido. Encostou os lábios nos dela com suavidade, a mesma com que a puxou para si. Beijou-a de uma forma deliciosamente apaixonada, até que a pulsação das duas se tornasse uma e perdessem a noção de qualquer outra coisa além da necessidade de tornar o contato cada vez mais íntimo. De forma igualmente incansável, as mãos de Marina buscaram, acariciaram, desvendaram o corpo de Débora, arrancando uma série de suspiros e gemidos. Com uma das mãos em seu pescoço e a outra enfiada nos cabelos, Débora dançou nos dedos de Marina, acompanhando o ritmo que ela imprimia com um ardor que explodiu numa intensidade que Marina achou linda. Inteiramente fascinada, continuou segurando Débora nos braços, apertando-a com força contra si. Débora ainda estava ofegante ao fitá-la. Marina teve a nítida impressão de que ela ia dizer algo, a boca chegou a se entreabrir. No entanto, nada disse. Apenas se deitou, trazendo Marina consigo. Voltaram a se beijar, os corpos se encontrando de novo, com uma cumplicidade e uma sintonia singulares, como se não fosse a primeira vez que faziam aquilo. Nenhuma das duas quis pensar, apenas se deixaram levar, sentindo profundamente cada beijo, carícia, palavra sussurrada, suspirada e gemida, compartilhando um prazer que foi muito mais do que físico. Depois, ficaram abraçadas, Marina ainda jogada sobre Débora que, por sua vez, só percebeu que continuava agarrada e com o rosto enfiado no pescoço dela quando Marina se apoiou nos cotovelos e se afastou, apenas o suficiente para olhá-la. Havia um brilho quase hipnotizante nos olhos dela. Por um instante que pareceu durar uma vida, Débora se permitiu inebriar pela possibilidade de quebrar os próprios medos e parar de lutar contra o que estava sentindo. Desejo que cresceu ainda mais quando Marina sorriu. Completamente desprovida da indiferença e impessoalidade do sexo que costumava fazer, Marina se inclinou e a beijou. Não conseguiu evitar, seguiu o impulso que a dominou. Desceu o rosto mais um pouco e sussurrou em seu ouvido:
– Débora... – Como se provasse e saboreasse cada sílaba. Respirou, buscando ar, antes de completar: – Você é incrível.
Sentiu o corpo de Débora estremecer logo em seguida. Ergueu o rosto, buscou o olhar dela novamente, e o que viu a fez beijá-la com ímpeto, tentando saciar a vontade de tê-la inutilmente, pois só se tornou melhor e mais veemente a cada vez que repetiram.
Débora acordou cedo, o dia sequer havia amanhecido. Moveu-se devagar e com cuidado para não sair dos braços de Marina que, sem acordar, apertou-a ainda mais contra si. Com o rosto na curva do seu pescoço, Débora aspirou, tentando gravar o cheiro, a textura da pele, o ardor e a sensação deliciosa que a acompanhara durante a noite inteira. Não que fosse preciso, pois nunca, jamais esqueceria.
“Depois da Michelle, você foi a melhor trepada da minha vida”. As palavras que Amanda havia dito para Marina ecoaram em sua mente, exatamente como na véspera. No momento em que, completamente arrebatada após a primeira entrega nos braços dela, olhando nos olhos de Marina, quase havia falado mais do que deveria. Tinha engolido a frase, a emoção, a intenção, repetindo para si mesma: “estamos apenas nos divertindo”.
Preparou-se de novo, exatamente por isso. Conhecia a fama de Marina. Mais ainda: sabia o que esperar da manhã seguinte, pois tinha escutado a experiência não só de Amanda, mas de outras duas gurias da faculdade com quem Marina também havia ficado. Surpreendeu-se por completo quando ela acordou e, ao invés do que esperava – “quando sair bate a porta”, “quer que eu chame um uber pra você?” ou qualquer outra coisa do tipo –, Marina sorriu e, antes de beijá-la, disse:
– Bom dia, linda. – Espantou-se mais ainda ao vê-la se deitar de lado, os olhos nos dela, num silêncio que pareceu durar uma vida. Marina tentou inutilmente compreender e definir o que estava sentindo, mas não estava preparada para admitir ainda. No entanto, viu-se tomada por uma necessidade irreprimível de falar. A despeito disso, foi com muita dificuldade que disse, por fim: – Adorei a noite.
Teria falado mais. Era apenas o ensaio, o esboço, a tentativa de algo que Débora cortou, antes mesmo que surgisse:
– Olha só, Marina... Foi ótimo, mas foi só uma trepada. Por favor, não vamos complicar, ok?
Antes que Marina pudesse replicar ou contestar, Débora se pôs de pé e começou a se vestir. Não podia, não queria, não iria se iludir. A reação de Marina foi puramente defensiva. Xingando a si mesma mentalmente, continuou deitada na cama e perguntou, como deveria ter feito desde o início:
– Consegue achar a porta da rua sozinha?
Amanda não voltou a ver nem a falar com Bruno, Débora e Marina durante o resto do final de semana. Encontrou-os na segunda-feira de manhã. Durante toda a aula, Débora não ergueu os olhos da própria mesa e Marina também não a olhou. Na hora do almoço, Marina chamou Amanda para acompanhá-la a um dos restaurantes do Centro de Convivência. Assim que se sentaram, foi dizendo:
– Você já se interessou por uma pessoa complicada?
Amanda riu:
– Sempre.
Pura verdade. Nenhuma havia sido fácil. Nem mesmo a própria Marina. Aproveitou para sanar a dúvida que durante toda a manhã a tinha preocupado:
– Você não fez nada que envolva táxis e primos com a Débora, fez?
A reação de Marina foi imediata:
– Lógico que não!
Indignação completamente incoerente. Amanda fez questão de lembrá-la:
– Ué, vai saber... Fez comigo.
Na mesma hora, Marina retrucou:
– É completamente diferente.
Fazendo Amanda se surpreender:
– Mesmo? – Ficou curiosíssima: – Diferente como? – Percebendo que já havia dado mais informação do que pretendia, Marina se calou. Mas Amanda não ia desistir: – Você está apaixonada pela Débora?
Óbvio que ela negou:
– Quem falou em estar apaixonada aqui? Que mania que você tem de estar apaixonada! Eu não estou apaixonada, estou interessada na Débora.
No entanto, Amanda não ficou nem um pouco convencida:
– Tá. – Tentou compreender: – Afinal de contas, o que aconteceu? O que você fez?
A última pergunta deixou Marina indignada:
– Por que você tem tanta certeza de que fui eu que fiz algo?
Amanda chegou a rir:
– Quem mais?
A seriedade de Marina fez Amanda começar a acreditar:
– Se quiser mesmo saber, posso te contar.
Sem grandes detalhes, e com uma emoção visível, Marina falou sobre a noite que havia passado com Débora e a manhã seguinte. Quando terminou, Amanda estava perplexa:
– “Foi só uma trepada, não vamos complicar”? Foi isso mesmo que a Débora te disse? –
Mais ainda ao ter a confirmação do inimaginável:
– Sem tirar nem pôr, com todas as letras.
Só lhe restava ser sincera:
– Estou passada.
Felizmente, Marina era Marina, mesmo numa situação como aquela. Ao invés de se lamentar, deu risada, achando graça e debochando de si mesma:
– Antes isso do que: “aqui se faz, aqui se paga”.
O final do semestre mergulhou Amanda num turbilhão de estudo, provas e entregas de trabalhos que foi altamente positivo, pois não tinha tempo para remoer o fato de Michelle visualizar todas as mensagens que enviava sem respondê-las. Administrou como pôde a frustração e o sentimento de rejeição que a consumiam. Na sexta-feira da última semana de aula, Bruno a puxou para um canto durante o intervalo:
– Estou de saco cheio dessa porra!
Sem ter como adivinhar ao que ele estava se referindo, perguntou:
– Do que você está falando?
Ele se exaltou mais ainda:
– De que seria? Débora e Marina.
Durante o mês inteiro, elas tinham se evitado. Quando se encontravam, fingiam uma normalidade que não existia. Para quem via de fora, especialmente para Bruno e Amanda que as conheciam, a tensão entre as duas era evidente. Bem como o fato de só não estarem juntas por medo e teimosia.
– O que você propõe?
Não conseguiu saber se era sério ou brincadeira:
– Embebedar as duas?
De qualquer forma, uma coisa era certa:
– Acho que basta colocá-las na mesma mesa.
Para Bruno também pareceu infalível:
– Então fechou. Eu levo a Débora e você leva a Marina. É hoje!
Débora passou os dias que se seguiram tentando se convencer de que havia feito a coisa certa. Teria conseguido, se não fosse a própria incapacidade de se manter indiferente. Bastava olhar para Marina, toda e qualquer racionalidade desaparecia. Canalizou o que sentia numa animosidade que era inteiramente correspondida. Sempre que se encontravam, brigavam, discutiam, se agrediam. Uma tensão palpável as envolvia, mas nenhuma das duas estava disposta a admitir, mudar ou superar, muito menos resolver aquilo.
Um mês inteiro se passou e Marina teria fugido do convite de Amanda para irem ao bar que deixara de frequentar – pois encontrar Débora lá não era uma possibilidade, mas uma certeza – se a amiga não estivesse tão abatida.
Assim que entraram, Amanda estacou. Bastou seguir seu olhar para saber o motivo:
– Aquela ali é a Michelle, não é?
Ao ter a suspeita confirmada, aproveitou para propor que saíssem dali, mas Amanda se recusou a ir para outro lugar. Sem se intimidar, mostrando uma ousadia que Marina achou admirável, passou quase desfilando na frente de Michelle e se sentou propositalmente ao alcance da vista dela. Foi exatamente isso que inspirou e encorajou Marina a permanecer sentada na mesa quando Bruno e Débora surgiram.
A primeira pessoa que Débora viu ao entrar no bar foi Marina. Seu olhar foi atraído pelo dela da maneira inevitável de sempre. Foi exatamente isso que a fez se virar de volta em direção a porta. Teria saído, se Bruno não a impedisse:
– Que isso, guria? – Ele parecia verdadeiramente perplexo, tanto que continuou segurando-a pelo braço ao afirmar, com uma seriedade que não lhe era costumeira: – Nunca te vi agir assim. – Débora permaneceu calada, pois, para ela, naquele momento a verdade era indizível. Estava irreversivelmente apaixonada por Marina. Bruno pediu: – Por favor, fica. – A mudez da amiga o fez insistir: – Por mim?
Sem imaginar que o que a fez concordar foi a percepção de que o maior de seus pavores já se encontrava instalado dentro de si, o carregaria aonde quer que fosse, não adiantava fugir.
Quando Débora se virou em direção à porta, Marina conteve a todo custo o impulso que teve, de se levantar e impedi-la. Ou segui-la. Surpreendeu-se quando ela não foi embora, mais ainda ao vê-la caminhar com Bruno em direção à mesa onde estava com Amanda, e sentar-se em sua frente. Os olhos das duas se cruzaram rapidamente, antes de Débora desviar sua atenção para a amiga. Falou baixo, quase sussurrando, para que somente as pessoas sentadas naquela mesa ouvissem:
– É a Michelle ali? Ou estou confundindo?
Amanda fez que sim, e Bruno completou:
– Ganhou pra hoje, miga. Ela não tira os olhos daqui.
Como se estivesse enfeitiçada, ou como se nada mais existisse, Amanda voltou a acenar com a cabeça, sem desviar os olhos de Michelle. Partiu de Bruno a iniciativa de chamar o garçom e pedir mais dois copos e outra cerveja. E de Marina tentar puxar conversa. Não fez rodeios, foi direto ao que a estava consumindo:
– Vocês sabiam que nós estávamos aqui?
A resposta de Débora foi imediata:
– Claro que não!
A mudez inédita de Bruno não fez diferença alguma, Marina continuou, como se ele não existisse:
– Se você soubesse não teria vindo, não é?
Débora tentou manter um mínimo de cordialidade na voz, mas não conseguiu:
– Que diferença faz pra você?
Esperava tudo, menos o que Marina disse:
– Mais do que você imagina.
Os olhos se encontraram e, durante um instante ínfimo, Débora chegou a pensar ter visto algo que julgava impossível. Pois era óbvio que não era correspondida. Nunca. Jamais. Não por Marina. Constatação que a deixou com mais raiva ainda:
– Por que você sempre faz isso?
Marina não estava sendo irônica, estava realmente tentando compreender:
– Isso o quê?
Mas Débora tomou o questionamento como deboche:
– Me provoca e me agride.
Levando em conta a rudeza com que estava sendo tratada há dias, Marina falou a única coisa que a perplexidade em que se encontrava permitiu:
– Eu?
O volume da voz de Débora subiu:
– É.
O de Marina baixou, deixando o sarcasmo mais evidente ainda:
– Sou eu que estou te agredindo?
Débora então gritou:
– Você mesma!
Aquela foi a gota d’água para Marina. A risada que deixou escapar saiu tão amarga quanto a forma como disse:
– O que foi que eu fiz? Me diz!
Havia na voz de Débora um desespero inequívoco:
– Por que você não me deixa em paz? Já conseguiu o que queria! O que mais você quer de mim?
Sentindo algo que não soube definir, mas que a atingiu tão forte e profundamente que tornou inviável continuar ali, Marina pegou a bolsa e pôs-se de pé:
– Quer saber? Pode continuar fingindo que não aconteceu nada entre nós e que eu sequer existo.
Depois se afastou, pronta para ir embora. Débora não pensou, agiu por instinto, levantou num impulso e praticamente correu atrás dela:
– Espera! Marina!
Ao ouvir o próprio nome, parou e se virou para Débora:
– Eu não quero mais discutir.
A frase soou quase como um apelo, de uma fragilidade que Débora jamais esperaria, e que impulsionou o que veio a seguir:
– Me desculpa.
A mágoa que Marina tinha guardado com tanto cuidado durante dias transbordou:
– Eu só queria saber porque você tem tanta raiva de mim. – Antes que ela pudesse responder, completou: – É por causa da Amanda? Ainda?
Foi de um jeito suave, doce, repleto de carinho, que Débora contestou:
– Não seja ridícula.
Marina mordeu o lábio inferior, sacudiu a cabeça em negação, mas se viu incapaz de disfarçar o que estava sentindo:
– Eu não tenho como evitar. Será que você não vê?
Apesar de estar transparente, absolutamente nítido, Débora não conseguiu acreditar:
– O quê?
Olhando-a nos olhos, Marina sorriu. Disse com todas as letras:
– Estou totalmente apaixonada por você.
Com a mesma entrega e sinceridade, Débora deixou claro que correspondia:
– E eu por você.
Puxou Marina para si, a beijou assim que terminou de pronunciar a última sílaba, e nenhuma das duas viu o que se seguiu.
Movida pelos olhares incessantes que Michelle lançava para ela, Amanda deu sua cartada mais ousada e derradeira. Levantou encarando-a e, por um segundo decisivo, a impressão de que naquele bar só existiam as duas foi reforçada pela música que tocava, com uma precisão de trilha sonora de filme: “I feel you, your sun it shines. I feel you within my mind”1. Depois de lançar um olhar significativo para Michelle, se dirigiu para o banheiro. No entanto, nunca, jamais, nem em seus mais loucos devaneios esperaria que Michelle realmente fosse atrás dela. Depois de dias e dias de silêncio, parecia inacreditável. Irreal. Impossível. Permaneceu muda e imóvel, praticamente em choque ao ver a porta do banheiro se abrir e ela surgir. Michelle não falou nada, foi sem uma palavra que avançou, segurou o rosto de Amanda entre as mãos e colou a boca na dela. Era tudo que Amanda queria. Esquecendo todo o resto, correspondeu com a mesma intensidade irrestrita, deixou-se puxar para dentro de um dos reservados e, com Michelle comprimindo-a contra a parede, entregou-se ao prazer de seus beijos e carícias. Foi somente quando a sentiu erguer seu vestido, a mão ávida pronta para ultrapassar a barreira da calcinha, que Amanda saiu do quase transe em que se encontrava e protestou:
– Não, assim não... Para... Espera...
Michelle a soltou imediatamente, a voz repleta de culpa, vergonha e arrependimento:
– Me desculpe, eu... Nem perguntei se você queria...
Amanda não permitiu que ela se afastasse nem deixou margem para dúvida:
– Eu quero. – Puxou-a pela cintura, colou os corpos novamente. Passou os lábios pelo seu pescoço enquanto a fazia compreender: – Mas não esperei mais de dois meses pra você me comer dentro de um banheiro de bar.
Amanda aproveitou o silêncio e a imobilidade de Michelle para tomar a iniciativa. Segurou-a pela nuca e a beijou, com uma veemência que deixou as duas sem ar. Soltou-se logo depois. Antes de sair, soprou:
– Espero por você no meu apartamento.

AVISO IMPORTANTE: 
 VERDADES PARALELAS foi publicado pela Editora Vira Letra, por isso
SÓ FICARÃO DISPONÍVEIS OS TRÊS PRIMEIROS CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO 

Postado em 17 de Setembro de 2018 às 18h.

4 comentários:

  1. Woow, woow...
    Xesuiiis, essas duas estão soltando faíscas. Adorando esse casalzinho, ehehe.

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  2. O medo de se entregar ao sentimento por alguém com a publicidade negativa que tem Marina, leva a uma fuga de Debora que deixou Marina à toa sem saber como reagir à novidade...E nesta indefinição e com o medo de se magoarem, andam à deriva no mar revolto da especulação...Esperando que mais este encontro as leve para bom porto...desconfio que não...rsrsrs Muito bom como sempre ;)
    Beijos
    Sandra

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    Respostas
    1. Sandra, minha amiga tão querida!
      Eu estava com saudade de vc, viu?
      Espero que continue lendo, comentando e gostando, claro! kkk
      bjo suuuuuuuuuuper gigantesco e especial no coração!

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